A obra apresenta uma peça de madeira bruta e polida, cuidadosamente instalada em um grande vaso cerâmico azul texturizado, sobre uma camada de pedras brancas. A forma da madeira sugere movimento, leveza e expressão corporal, remetendo diretamente à imagem de uma figura humana ou espírito natural em um gesto de dança, talvez capturado no auge de um giro ou salto.
O tronco e seus galhos formam uma silhueta com forte carga expressiva — pode-se perceber uma espécie de “braço” erguido, e outro projetado para frente, como se a figura estivesse envolvida em um movimento fluido, coreográfico. Há uma energia ascendente, que transmite graça e liberdade. A madeira possui acabamento polido e envernizado, com tons quentes e reflexos naturais que valorizam seus veios e curvas. O tratamento respeita suas formas originais, exaltando a beleza orgânica do material. A escultura brota de um vaso azul profundo, com textura que lembra escamas ou cestos entrelaçados — uma base sólida e elegante que contrasta com a leveza do movimento acima. As pedras brancas sugerem pureza, estabilidade e contraste estético com o tom âmbar da madeira.