é uma obra de forte presença simbólica, que se impõe com sua forma orgânica, texturas intensas e contraste entre fragilidade e resistência. Feita a partir de madeira bruta e envelhecida, a peça parece pulsar uma memória viva, carregada de emoção e densidade poética. Tem um formato que remete a um coração estilizado, mas não literal — uma estrutura em "V" aberta que sugere acolhimento, vulnerabilidade e força ao mesmo tempo. Um peito escancarado ao mundo, expressando entrega e coragem emocional.
O corpo principal é feito de um tronco retorcido, marcado por camadas e veios naturais que conferem à madeira uma aparência quase de tecido enrugado — como se fosse um pano orgânico, daí o nome da obra.
A base, robusta e cilíndrica, sustenta a escultura como um pedestal cerimonial, dando-lhe solenidade e estabilidade.