é uma peça delicada e simbólica que evoca a essência da vegetação característica do semiárido nordestino brasileiro. Composta por galhos secos e finos que se erguem verticalmente a partir de uma base de pedra polida em tom ocre, a obra transmite de imediato a sensação de aridez, resistência e minimalismo natural. Os galhos finos, desprovidos de folhas, sugerem uma árvore ressecada pelo sol escaldante, sobrevivente em meio à escassez — imagem emblemática da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro marcado por sua rusticidade e beleza crua. A simplicidade da peça é seu maior poder expressivo: ela representa a força que se encontra naquilo que persiste mesmo em condições extremas.
A base rochosa reforça o vínculo com o chão seco e rachado do sertão, enquanto a leveza dos ramos que sobem em direções variadas cria uma sensação de fragilidade, quase poética, contrastando com a ideia de sobrevivência dura e resiliente.
Essa escultura é uma homenagem silenciosa à natureza esquecida, à beleza da resistência e ao poder da simplicidade que atravessa o tempo e o clima com dignidade e silêncio.